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BOSI, Alfredo. O romance social: Lima Barreto. In: História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1978. p.357-367.

Alfredo Bosi em seu capítulo intitulado: “O romance social: Lima Barreto”, presente no livro História concisa da Literatura Brasileira trata sobre as características do pré-modernismo vistas na obra do escritor Lima Barreto.
         O autor inicia seu texto apontando que a biografia de Lima Barreto consegue explicar a ideologia de sua obra. O socialismo maximalista que se vê em seus textos é decorrente das experiências vividas por Barreto. O escritor possuía uma aversão à República Velha que passou a comandar o Brasil em 1889.
De acordo com Bosi, Lima Barreto conseguiu criar de uma maneira muito clara o ridículo e o patético do nacionalismo tido como bandeira isolada e fanatizante, através do Major policarpo Quaresma, podem ser vistas as revoltas do brasileiro marginalizado em sociedade onde o capital já não tem pátria, e a própria consciência do escritor na impotência do sistema político da época. Por conseguir mostrar em sua obra uma duplicidade de planos, o narrativo e o crítico, é que se percebe a forma singular da personalidade literária de Lima Barreto.
Bosi destaca que é importante analisar que o espírito crítico de Lima Barreto, não está presente apenas no campo ideológicos de seus escritos, mas também no estilístico. O estilo de pensar e de descrever de Barreto, eram narrados de forma simples e discreta, em frases que, isoladas, não teriam brilho, mas que mostram com naturalidade as paisagens, os objetos e as figuras humanas. Barreto possui um estilo ao mesmo tempo realista e intencional, no qual o limite inferior é a crônica.
Nos romances de Lima Barreto, há muito de crônica presente, como nos ambientes, cenas do quotidiano, tipos de café, jornal e, até mesmo, a linguagem fluente e desambiciosa característica do gênero.
Em seu romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha, existe uma nota autobiográfica que se pode ver nos primeiros capítulos, mas que vai diminuindo conforme os capítulos avançam, como aponta Alfredo Bosi. O estilo realista-memorialista de Lima Barreto pode ser percebido pelo convívio de objeto e sujeito, de observação social e ressonância afetiva presentes neste romance do escritor.
Bosi afirma que o romance Triste Fim de Policarpo Quaresma é o livro que Barreto teve um esforço maior na construção e no acabamento formal, pois o ele consegue criar um personagem que não fosse apenas uma projeção de suas amarguras pessoais, nem um tipo pré-formado, nos moldes de figuras secundárias presentes em todas as obras do autor.  Bosi diz que Lima Barreto consegue introduzir em Policarpo Quaresma “algo de quixotesco, e o romancista soube explorar os efeitos cômicos que todo quixotismo deve fatalmente produzir, ao lado do patético que fatalmente acompanha a boa-fé desarmada.” (pag.361). Porém, há episódios com como a morte de Ismênia, as desventuradas experiências do major com a terra e principalmente as páginas finais de solidão que voltam a colorir com a “tinta da melancolia” a prosa de Lima Barreto.
Bosi comenta sobre duas outras obras de Barreto Numa de Ninfa, uma sátira política, e Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, uma crônica da sociedade carioca. De acordo com Bosi, os dois romances tem em comum a representação das mazelas da vida brasileira sob o prisma de Barreto. Bosi ressalta ainda, que é possível perceber no estilo de Barreto alguns traços da escrita machadiana, como a velada ironia, que aparece nas dúvidas, nas ambíguas concessões à mentalidade que deseja agredir, a linguagem do “mas”, “talvez”, que podem ser percebidas no romance Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá. 
Clara dos Anjos um dos romances inacabados de Lima Barreto, que só foi publicado postumamente, revela uma expressão autobiográfica do romancista, as humilhações passadas pela personagem, são percebidas na biografia do autor. Outro livro inacabado de Barreto, destacado por Bosi, Cemitério dos Vivos descreve o tempo em que o romanista passou em um manicômio quando foi internado por problemas alcoólicos.
Em Os Bruzundangas, Barreto faz uma obra satírica, na qual o autor critica o Brasil do começo do século, ao usar um visitante estrangeiro para descrever a terra de Bruzudanga. Bosi diz, que essa obra mostra o quanto Lima Barreto conseguia transcender suas próprias frustrações em uma crítica objetiva da sociedade brasileira do seu tempo.
Bosi finaliza se capítulo ressaltando a importância da obra de Lima Barreto, no qual ele diz que a obra do romancista significa um desdobramento do realismo no novo contexto que era a I Guerra Mundial e das primeiras crises da República Velha. 

Recentemente a editora Saída de Emergência divulgou a capa nova do terceiro livro da série Outlander escrito pela Diana Gabaldon, que será lançado ainda em maio e a segunda parte será lançada em Julho. 
Para quem não conhece, o livro conta a história de Claire Randall, uma enfermeira de guerra do século XX, que viaja no tempo em sua segunda lua de mel, através de pedras mágicas, para a Escócia do século XVII, e lá conhece e se apaixona pelo escocês das Highlands Jamie Fraser.
Os livros foram publicados anteriormente pela editora Rocco, e ainda se pode encontrar algumas edições em circulação (mas é difícil, e quando encontra são beeeeem caros).   
Capa antiga x Capa Nova


Sinopse de O Resgate no Mar – parte 1

Há vinte anos Claire Randall voltou no tempo e encontrou o amor da sua vida – Jamie Fraser, um escocês do século XVIII. Mas, desde que voltara à sua própria época, ela pensava que ele tinha sido morto na Batalha de Culloden. Agora, em 1968, que seu amado pode estar vivo. A memória do guerreiro escocês não a abandona... seu corpo e sua alma chamam por ele em seus sonhos. Claire terá que fazer uma escolha: voltar para Jamie ou ficar com Brianna, a filha dos dois?
Jamie, por sua vez, está perdido. Os ingleses se recusaram a matá-lo depois de sufocarem a revolta de que ele fazia parte. Longe de sua amada e em meio a um país devastado pela guerra e pela fome, o rapaz precisa retomar sua vida.

As intrigas ficam cada vez mais perigosas e, à medida, que tempo e espaço se misturam, Claire e Jamie têm que encontrar a força e a coragem necessárias para enfrentar o desconhecido. 

Todos os livros publicados pela Rocco: 



Publicados pela Saída de Emergência (até o momento) :










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