A entrevista publicada
pelo jornal O Estado de São Paulo,
feita pela jornalista Juliana Sayuri com o filósofo e economista Eduardo
Giannetti, trata sobre o consumo compulsivo e, de vez em quando desnecessário
dos brasileiros. Nesta entrevista Giannetti explica o que são bens posicionais
(produtos geralmente caros e atrativos apenas, porque poucas pessoas podem
possuí-los), e diz que grande parte da população está disposta a pagar preços
altíssimos por estes bens, somente para manter um aparente sinal de riqueza que
os diferencei dos demais.
Para ele, a nova classe
média do país está passando por um deslumbramento no consumo, no qual estão
gastando muito mais do que podem pagar, gerando altos níveis de inadimplência.
Desta forma, para conseguir saldar suas dívidas algumas pessoas estão
procurando por trabalhos temporários, é o que mostra a matéria de Márcia De
Chiara também publicada pelo O Estado de
São Paulo, a pesquisa apresenta dados que comprovam que quase um quarto dos
trabalhadores endividados busca empregos temporários para saldar suas dívidas,
ou seja, isto comprova que o nível de comprometimento da renda familiar dos
brasileiros com dívidas é grande, e apenas um emprego não é suficiente para
liquidá-las.
Estas matérias nos levam
a refletir sobre o consumo desenfreado, um tema atual, e que pode afetar
qualquer um de nós, pois, hoje em dia há muitas facilidades no crédito, o que
impulsiona a comprar cada vez mais e adquirir também muitas dívidas. O que
falta para muitos brasileiros é um conhecimento maior sobre aquilo que é
consumido, porque nem sempre o que é mais caro é melhor. A meu ver, estes
artigos reforçam a idéia de que atualmente, as mercadorias estão valendo mais que
os seres humanos.
REFERENCIAS:
SAYURI, Juliana. Nem sei
se posso, mas quero. O Estado de São
Paulo, São Paulo,19 ago. 2012. Aliás, p.1.
CHIARA, Márcia De.
Trabalhadores vão atrás de empregos temporários para saldar dívidas. O
Estado de São Paulo, 05 nov. 2012. Caderno Economia, p. B3.