Olá pessoal! Como tinha dito no post anterior, vou postar alguns trabalhos produzidos por mim na minha graduação em Letras, por isso segue aqui o primeiro fichamento feito por mim. 


 SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e. Lírica, narrativa e drama. In: ______. Teoria da literatura. p. 229-247.

         Vítor Manuel de Aguiar e Silva, no capítulo Lírica, Narrativa e Drama, do livro Teoria da Literatura aborda sobre as características de cada um desses três gêneros literários: a lírica, a narrativa e o drama.  
         O autor começa dizendo que a poesia lírica se diferencia da narrativa e do drama, pois na poesia lírica o sujeito é individual, desta forma ele aborda sobre as questões vividas pelo próprio indivíduo. Para Silva, a lírica nasce na descoberta e no aprofundamento do próprio eu, ou seja, na maneira como esse eu, encara a realidade. Ao lírico é impossível ausentar- se de si mesmo, ser outra pessoa para criar seres ou coisas que consigam dar um afastamento ao sujeito individual.
         O mundo exterior apenas representa um elemento de criação lírica, quando esta concentrado na interioridade do poeta, enquanto convertido em uma revelação íntima. Assim, um dado narrativo tem como único objetivo evocar uma situação íntima, mostrar o conteúdo de uma subjetividade. E a poesia descritiva só é liricamente valida, quando usa a descrição apenas como um suporte do universo simbólico do poema. E esse é um aspecto fundamental da poesia lírica relacionado com o caráter estático da literatura.
          Na lírica não há história a ser contada, deste modo o poema não pode despertar no leitor o desejo de saber como vai ser o fim deste mesmo poema. E por esta razão, a poesia narrativa surge como uma lírica impura e muitas vezes sem autenticidade poética.
          Silva começa a falar da narrativa dizendo que tanto ela quanto o drama se diferenciam da lírica por representarem o mundo objetivo e a ação do homem considerada nas suas relações com a realidade externa.
         Para ele, a narrativa se define por representar a totalidade dos objetos, ou seja, uma esfera da vida real, e como ela se comporta. Desta forma, o que rege um romance é a vontade de demonstrar um mundo que possua uma clara independência ao romancista.
          Para o autor, a presença ou a ausência do romancista na obra constitui um fator irrelevante para o seu romance. Assim, um escritor pode se interessar por personagens com personalidades diferentes da sua, o que demonstra que ele se interesse primeiramente pelos outros.
         As personagens de um romance se localizam em acontecimentos, em fatos, que aparecem em uma historia e assim se forma o caráter dinâmico do romance: o universo do romance é o universo do tornar a ser.
          E por fim, Vítor Manuel de Aguiar e Silva, apresenta o Drama como um gênero que procura representar a vida, através de ações humanas que se opõem, de forma que o amparo desta reside na colisão dramática.
          Para ele, o elemento essencial é do drama é a figuração do homem e não da sociedade ao redor. O drama exige a presença física do ser humano, mesmo se a trama estiver situada no passado ou no futuro, a ação dramática sempre se apresentara como atualidade para o espectador.
          No teatro personagem e espectador ficam frente a frente. E a ação se desenvolve perante os olhos do espectador. No drama não ha espaço para analise minuciosa das ações presentes no romance. No drama a evolução da vida e das personagens é substituída pela crise, que coloca os personagens em conflitos e situações de extrema tensão. O tempo dramático é um tempo curto, condensado, tempo do conflito e da luta inevitável.


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Um Comentário

  1. Muito obrigado, ajudou muito para o meu entendimento.
    Sou graduando em Letras da UFRRJ. Abraço!

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